segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sketch - Desenho e Concept de Personagens - 004

Segue mas alguns sketches que desenvolvi durante o curso Sketch na Melies.





Sketch - Desenho e Concept de Personagens - 003

Continuando...Mas alguns sketches desenvolvidos durante o curso na Melies.






Sketch - Desenho e Concept de Personagens - 002

Continunado os sketches desenvolvidos durante o curso na Melies.







Sketch - Desenho e Concept de Personagens - 001

O primeiro desenho é antigo. Antes das técnicas aprendidas no curso.



Aqui vão alguns desenhos elaborados durante as primeiras etapas do curso.











Sketch - Desenho e Concept de Personagens

Este ano foi repleto de novidades e atualizações. Umas das principais atualizações foi o Curso Sketch - Desenho e Concept de Personagens que fiz na Melies - Escola de Cinema, 3D e Animação.
Foi uma excelente experiência de convivência, estudos práticos e teóricos. Todos da classe que realmente estavam com o propósito de aprender seguiram firmes até o final do curso.
Estavámos sob as orientações do competente Maurício Sampaio. Um ótimo professor.

Vou postar algumas imagens procurando criar uma linha do tempo de aprendizado.

Abraços para todos!

domingo, 14 de novembro de 2010

domingo, 31 de outubro de 2010

Animação brasileira para exportação

No site ÚltimoSegundo saiu uma matéria bem interessante sobre o mercado da animação brasileira.
Vale a pena se inteirar um pouco sobre esse mercado que vai crescendo no Brasil.


Segue o link da matéria: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/animacao+brasileira+para+exportacao/n1237750507073.html

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sym-Bionic Titan

Genndy Tartakovsky, pelo que me parece, acertou mais uma vez, em Sym-Bionic Titan.
Essa nova série retrata, três adolescente alienígenas que caem na Terra quando fugiam do General Modula, que dominou seu planeta, Galaluna. São eles Ilana, a princesa do planeta, Lance, um soldado rebelde mas capaz, e Octus, um robô biocibernético. Na Terra, eles são forçados a se misturar à população de Sherman, no Illinois, e posar de estudantes de colegial, enquanto o general segue tentando atingir a princesa Ilana com seu exército galáctico. Sym-Bionic Titan é o nome do megarobô que o trio forma para se defender dos ataques.

Essa série promete.

Salesman Pete

Salesman Pete é um curta muito bom, que foi dirigido por Anthony Vivien, Bouyer Marc e Max Loubaresse. A direção de arte está maravilhosa.

Link do blog do curta: http://salesman-pete.blogspot.com/

Vale a pena ver.

Game FireFall

A Red 5, estúdio criado por Mark Ken, ex-líder de criação de World of Warcraft, anunciou seu primeiro jogo: Firefall, tiro em terceira pessoa, gratuito e para jogar em equipe. Com estilo cartunesco e personagens desenhados em cel-shading, o game de ficção científica será lançado para PC e permitirá controlar humanos trajados com battleframes, exoesqueletos personificáveis que dão poderes sobre-humanos.

Vale a pena ver o Cinematic, está muito bom.

Link da matéria: http://www.gameblog.com.br/firefall-e-game-dos-criadores-de-world-of-warcraft/

Site do game: http://www.firefallthegame.com/

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Fogo e Gelo – Animação de 1983

Fire and Ice
Dirigido por: Ralph Bakshi
Com direção do cultuado Ralph Bakshi (de Fritz, the cat), Fogo e Gelo é um longa de animação baseado no universo visual criado por Frank Frazetta. Aproveitando a onde de aventuras fantásticas surgida no rastro de Conan, o bárbaro (Conan, the barbarian – 1982), Bakshi conseguiu realizar seu sonho de trabalhar em parceria com Frazetta, o homem que definira a estética deste gênero anos antes. O filme foi realizado através do processo conhecido como rotoscoping, no qual cenas com atores servem de base para os desenhos.
A história foi concebida pelos roteiristas Gerry Conway e Roy Thomas, conhecidos, entre outros trabalhos, pelas HQs de Conan na Marvel. A trama mostra a maligna Rainha Juliana e seu filho Nekron tentando transformar o mundo em uma grande geleira. Os habitantes do Refúgio do Fogo procuram, sem sucesso, combater a ameaça. Então, dois guerreiros surgem para lutar contra Nekron: Larn e Darkwolf. A situação fica ainda mais complicada com o seqüestro de Teegar, filha do rei de Refúgio do Fogo, pelos lacaios de Juliana.
Lento e longo demais para o fiapo de história que é apresentado, Fogo e Gelo não chega a empolgar o espectador. Entretanto, quem estiver familiarizado com as pinturas de Frank Frazetta vai se deliciar com as belas imagens que capturam fielmente a atmosfera da obra deste grande mestre. O processo de rotoscoping rende movimentos realistas aos personagens, o que valoriza muito as cenas de ação. As atuações são bastante corretas, embora não existam muitos diálogos. Vale destacar a participação do veterano Leo Gordon, figura constante nos filmes de Roger Corman, atuando como o rei de Refúgio do Fogo.
Na época de seu lançamento, Fogo e Gelo não teve grande desempenho nas bilheterias, mas foi adquirindo o status de cult movie através dos anos. Hoje é considerado um dos 100 maiores filmes de animação de todos os tempos. Curiosamente, Fogo e Gelo foi lançado em DVD no Brasil pela Europa Carat.

Fonte da matéria: Desconhecido, me passaram por e-mail.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pixar cancela produção da animação “Newt”

Há dois anos, a Pixar anunciou a produção do filme Newt, que contaria a romântica história de um casal de anfíbios ameaçados de extinção. Com previsão de lançamento para 2012, a animação marcaria a estreia do engenheiro de áudio Gary Rydstrom como diretor de longas-metragens – ele dirigiu Quase Abduzido, curta também da Pixar.

A notícia já estava na boca do povo, mas somente nesta semana os estúdios divulgaram oficialmente o cancelamento do filme, na página do Facebook: “Como a maioria de vocês já sabem, Newt não está mais em desenvolvimento na Pixar. No entanto, isso não significa que não podemos compartilhar algumas das íncriveis obras dos artistas da Pixar com os nossos fãs no Facebook!”.

Link da matéria na íntegra: http://revistamonet.globo.com/coluna/2010/09/06/pixar-cancela-producao-da-animacao-newt-e-divulga-imagens-ineditas/

domingo, 5 de setembro de 2010

Nosso lar

Segue um link bem interessante sobre a obra Nosso Lar de Chico Xavier.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nosso_Lar

Vale a pena ler a matéria.

O último mestre do ar

título original: The Last Airbender
gênero: Aventura
duração: 01 hs 43 min
ano de lançamento: 2010
site oficial: http://www.thelastairbendermovie.com/
estúdio: Paramount Pictures | Nickelodeon Movies | Blinding Edge Pictures | The Kennedy/Marshall Company
distribuidora: Paramount Pictures (EUA) | United International Pictures - UIP ( Brasil)
direção: M. Night Shyamalan
roteiro: M. Night Shyamalan
produção: Scott Aversano, Frank Marshall, Sam Mercer e M. Night Shyamalan
música: James Newton Howard
fotografia: Andrew Lesnie
direção de arte: Robert Fechtman, Gerald Sullivan e Richard L. Johnson (supervisor)
figurino: Judianna Makovsky
efeitos especiais: Industrial Light & Magic / Quantum Creation FX / Tinsley Transfers / Svengali Visual Effects

Fonte da matéria: http://www.adorocinema.com/filmes/o-ultimo-mestre-do-ar/

Vale a pena assistir, está muito fiel ao desenho.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

100 anos de Corinthians


Paixão Centenária

Dos tempos da várzea paulistana à consagração mundial. Do longo jejum de 23 anos sem um título de expressão ao lendário gol de Basílio. Das 26 conquistas estaduais à queda para a Série B do Brasileirão e sua imediata volta à elite. Os 99 anos de história do Corinthians foram marcados por muitos altos e baixos (muitos mais altos do que baixos) e feitos dignos de um clube grande.

Fundado por cinco operários que nem imaginavam a grandeza do que estavam criando àquele 1º de setembro de 1910, foi decretado que este era o clube do povo. Ao longo dos anos, este mesmo povo se apaixonou e hoje, 99 anos, podemos dizer que aqueles ideais estavam corretos.

O Corinthians passou pela várzea, lutou pelo profissionalismo e se firmou como grande nome na elite paulistana. Encarou uma seca de títulos e mesmo assim recebeu o apelido de Timão, carregado até hoje. Invadiu o Maracanã, conquistou o Brasil e dominou o mundo.

Confira ano a ano como foi construída a história corinthiana e os nomes e fatos que contribuíram para que esta se tornasse uma gloriosa história.


*Fonte: Almanaque do Timão (Celso Dario Unzelte)

Link da matéria: http://www.corinthians.com.br/site/centenario/historia/
Emblema: http://taciovtuner.deviantart.com/art/Corinthians-100-anos-146805517

terça-feira, 24 de agosto de 2010

DragonAge II

Eu curti o trailer desse game. O que vocês acham?

Link do site: http://dragonage.bioware.com/da2/home/

Siggraph 2010 Animation Festival Shorts

Alguns curtas que foram apresentados no Siggraph 2010.

link da matéria: http://www.cgchannel.com/2010/07/siggraph-2010-animation-festival-shorts/

terça-feira, 10 de agosto de 2010

DC Universe Online

Ótimo trabalho realizado pelos Estudios Blur. Vale a pena assistir.

Link do trailer: http://www.gametrailers.com/video/exclusive-who-dc-universe/702050

domingo, 1 de agosto de 2010

The Art of Darksiders

Saiba mais sobre o livro do Artista Joe Madureira - The Art of Darksiders.

Link da matéria: http://parkablogs.com/content/coming-soon-art-of-darksiders

quinta-feira, 22 de julho de 2010

longa animado de The Goon

Assista às primeiras cenas do longa animado de The Goon. Esta matéria foi divulgada no site Omelete.

Veja o trailer no link: http://www.omelete.com.br/cinema/assista-primeiras-cenas-do-longa-animado-de-goon/

Outros links sobre The Goon: http://www.darkhorse.com/Zones/Goon , http://www.thegoon.com/index.php

Stan Lee e novos personagens














O quadrinista Stan Lee - que criou, entre outros, os super-heróis Homem-Aranha, X-Men, Hulk e Homem de Ferro - apresentou três novos personagens na feira de cultura pop Comic-Con, nos Estados Unidos. Revelados à imprensa nesta quarta-feira (22), os recém-chegados integrantes ao universo dos quadrinhos são Soldier Zero, The Traveller e Starborn.

Soldier Zero é um professor de astronomia cadeirante que, após um estranho acidente, se vê equipado com uma arma de guerra alienígena. O roteiro da HQ será escrito por Paul Cornell e o desenhista será o mesmo de "Superman", Javier Pina.

Já The Traveller traz um misterioso homem com poderes de viajar no tempo e lutar contra assassinos do futuro. O roteirista será Mark Waid e o desenhista, Chad Hardin, de "Amazing Spider-Man".

Por fim, Starborn conta a história de um "cara comum", mas herdeiro de um império intergalático que o põe em meio a uma guerra entre cinco raças de ETs. Sua HQ será roteirizada por Chris Roberson e a arte ficará a cargo de Khary Randolph, de "The X-Men".

Dos três heróis, um já tem data para chegar às lojas. A primeira edição da HQ "Soldier Zero" chega às livrarias dos EUA em outubro.

Link da matéria: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/07/criador-de-homem-aranha-revela-tres-novos-herois-na-comic-con.html

Bob Esponja e suas origens


Stephen Hillenburg está no Brasil para participar do festival Anima Mundi.
E conta: Siriguejo da 'vida real' foi seu chefe em restaurante de frutos do mar.


Stephen Hillenburg tem a vida que pediu a Netuno. É biólogo marinho, gosta de mergulhar, mas é como produtor-executivo do desenho animado que inventou, sobre uma improvável esponja do mar, que ele ganha o peixe de cada dia. No Brasil para participar do festival Anima Mundi, o animador norte-americano falou sobre Bob Esponja, Patrick, Senhor Sirigueijo e como eles são reflexo do que viveu, viu e presenciou no passado.

"Bob Esponja é um ingênuo. É o arquétipo do personagem que esteve por aí sempre, ou seja, o personagem que se comporta como uma criança. Eu gosto de personagens como os de 'O Gordo e o Magro'. São sempre personagens infantis, num mundo de adultos."

Hillenburg conta que, quando começou o desenho, já imaginava que não ficaria restrito a um só público, mirando baixinhos e altinhos. "Nós apenas tentamos rir enquanto escrevíamos as histórias. E depois olhávamos para saber se era apropriado para as crianças. E eu acho que grande parte do humor vem da personalidade [dos personagens]. São apenas personagens engraçados fazendo coisas bobas."

O animador, que disse que mergulhar foi a inspiração inicial para ser um biólogo marinho, se revelou surpreso com a recepção de seu personagem. "É chocante, nunca imaginei nada disso. Pensei que talvez tivesse uma temporada e aí seria cancelado. E na verdade seria tudo bem. Sabe, eu queria tentar fazer algo que eu queria fazer, e não algo que uma outra pessoa gostaria de fazer. E pensar que o desenho é ainda exibido dez anos depois... honestamente, eu nunca imaginei isso. Eu sempre disse, sabe, é um desenho sobre uma esponja [risos]. Não tem como você imaginar que isso seria um sucesso, né? É uma surpresa e muito recompensadora."

O americano lembrou que foi um desenho que o fez mudar de carreira e abandonar o magistério para seguir a carreira artística. "Eu trabalhei como professor de Biologia, e desenhando, até que fui a um festival como esse [Anima Mundi], nos anos 1980 e deu um clique na minha cabeça. Foi isso que me inspirou a voltar à faculdade. Eu estava querendo fazer [um curso de] pintura, mas decidi pela animação depois de ver um filme de animação."

'Ingênuo não, burro'
O americano disse que, a partir de Bob Esponja, conseguiu desenhar os demais personagens que participam das ações na Fenda do Biquíni. "Seu amigo Patrick não é ingênuo, mas burro. Os dois juntos são perigosos porque ambos acham que são gênios. Bob Esponja nunca percebe o quanto burro eles são, Patrick acha que Bob é o melhor cara."

Já o senhor Sirigueijo, chefe do Calça Quadrada na lanchonete, tem uma história mais íntima: foi inspirado num chefe que Hillenburg conheceu quando trabalhou num restaurante... de frutos do mar. "Eu era da Costa Oeste americana, ele era da Costa Leste. Ele tinha um sotaque totalmente diferente. Para mim, era como um pirata, o jeito que ele falava. Foi realmente uma inspiração para o senhor Sirigueijo. Eu não acho que o senhor Sirigueijo seja mal, ele é um grosso."

E será que o Brasil, com um litoral tão grande não traria um novo personagem para o desenho?
"Eu tenho certeza que vocês têm esponjas, estrelas-do-mar e caranguejos. Vocês já têm personagens em 'Bob Esponja'. Os animais marinhos são globais." E deixa em suspenso, elogiando a beleza do Rio: "Eu adoro viajar e ver os animais locais. É fascinante porque não os temos em casa. E é sempre inspiração. Sempre. A inspiração vem de tudo o que eu vejo."

Link da matéria: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/07/pai-do-bob-esponja-revela-origens-dos-personagens-do-desenho-ao-g1.html

AnimaMundi 2010

Será realizado de 16 a 25 de julho no Rio de Janeiro e de 28 de julho a 1° de agosto em São Paulo

O 17° Festival Internacional de Animação do Brasil (Anima Mundi) - hoje, um dos três maiores eventos do setor no mundo - acontece de 16 a 25 de julho no Rio de Janeiro e de 28 de julho a 1° de agosto em São Paulo. O festival completa 18 anos comemorando a expansão do mercado brasileiro de animação. Este ano, foram mais de 300 inscrições de filmes brasileiros.

Para esta edição, os diretores receberam mais de 1500 inscrições e selecionaram 452 filmes de vários países, como França, Alemanha, Austrália, Israel, Polônia, Argentina, Taiwan, Letônia, Coréia do Sul, Finlândia, Rússia, Singapura e China, além da estreante República da Macedônia.

Na última segunda-feira, 12 de julho, na Praça do Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, aconteceu a cerimônia de abertura do evento, ao qual compareceu o secretário do Audiovisual, Newton Cannito, representando o Ministério da Cultura.

Responsável direto por toda esta revolução na área, o Anima Mundi - criado em 1993 pelos animadores Aída Queiroz, Cesar Coelho, Lea Zagury e Marcos Magalhães - deixou de ser apenas uma vitrine de exibição de curtas e longas-metragens para se tornar uma plataforma de difusão, debate e fomento ao setor no país.

Um dos três maiores eventos de animação do mundo e o maior do hemisfério sul, o Anima Mundi já exibiu 5.927 filmes e levou quase um milhão de espectadores às salas de cinema, oficinas, debates e workshops que promoveu. O evento tem apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocínio da Petrobras.

Informações e a programação completa no site www.animamundi.com.br.

(Narla Aguiar, Ascom SAv/MinC)

Link da matéria: http://www.cultura.gov.br/site/2010/07/13/animamundi-2/

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A GRAÇA DA MÚSICA EM ANIMAÇÃO

Para a minha geração, bem como a de meu pai e a de meu filho, os seriados de animação da televisão (ou das matinés de cinema, no caso de meu pai) são responsáveis por uma parte importante das memórias musicais da infância. Para meu pai, era a música que acompanhava cada passo das loucas perseguições protagonizadas por Tom e Jerry, (quando comecei a estudar o assunto, vi que os antigos cartoons da Metro, Disney e Warner são verdadeiros modelos de composição musical para cinema, através de uma técnica que veio a ser conhecida como mickeymousing). A música destas séries misturava composições originais com trechos de canções populares e de musica erudita (que muitas vezes incluía o repertório de opera – talvez você se lembre do Pernalonga alisando a careca de Hortelino ao som da abertura d’O Barbeiro de Sevilha). Eu, além de apreciar o mesmo repertório cartunesco de meu pai (que a TV, felizmente, não parou de reprisar), adorava a música de abertura de alguns dos primeiros animes que chegaram ao Brasil: Sawamu e Speed Racer (ouvindo-as hoje, parece-me que estas são muito inferiores à música da época de ouro da Warner – apesar dos evidentes méritos de refrões grudentos como “go speed racer go” e “ele se chamava o demolidor”).

Quanto a meu filho, basta dizer que uma das nossas brincadeiras musicais favoritas consiste em ele reconhecer de onde vem um trecho melódico que eu cantarolo, e freqüentemente são trechos advindos de séries de animação - como a canção de abertura d’ “Os Backyardigans”, animação em 3D veiculada no Brasil pelo canal a cabo Discovery Kids. Esta série canadense, aliás, tem uma direção musical muito inteligente, que aproxima-se de gêneros como o teatro musical (como “Cats”) e conseqüentemente do musical de cinema (como “Cantando na chuva”): a cada episódio, os personagens interpretam um repertório de canções criadas especialmente, sempre dentro de um estilo ou movimento da música popular. Assim, temos episódios em que a música é composta exclusivamente por bossa nova, ou por reggae, ou por disco, ou rock independente, ou polca, e assim por diante. Além disso, a música é bem gravada e muito bem arranjada. Se por um lado realizar a música da série deve ser um tremendo trabalho de produção, o 3D em si não é complexo: os cenários são despojados e repetidos, raramente aparecem personagens novos (os Backyardigans quase sempre aparecem em amplos cenários vazios, como desertos) e os personagens são todos desenhados de maneira a simplificar o lip sync (com bicos, por exemplo). A série tem muitos méritos, mas os Backyardigans, pelo menos para o meu senso de humor, não são exatamente hilariantes musicalmente. Há, no seriado, relativamente poucas piadas musicais, apesar de a música, volto a dizer, soar muito bem e ser muito criativa.

Piadas musicais funcionam muito bem em outros casos de animação direcionada ao publico infantil, mas é claro que não podemos generalizar e imaginar que toda a animação para crianças deva ter músicas engraçadas ou sequer ser engraçada o tempo todo; não podemos esquecer do tom mais épico da animação japonesa e nem dos Grandes Momentos Trágicos da Animação, como as mortes de Mufasa e da mãe do Bambi e todos os episódios da versão em anime do Pinóquio, que, tenho certeza, contribuiu para traumatizar milhares de crianças.
De qualquer maneira, eu sempre me interessei pelo humor na música: eu sou fã de “palhaçadas musicais” como as protagonizadas por Frank Zappa, Devo e Mutantes, e talvez uma das minhas coisas preferidas de todos os tempos seja os Muppets em Mahna Mahna (se você não tem a menor idéia do que é isso, não perca em http://www.youtube.com/watch?v=gRRFfg2Guq4). Como tenho colaborado com espetáculos de teatro infantil, faz parte de meu trabalho encontrar um jeito de fazer graça com música. Sempre me pergunto se é possível sequer se falar de uma piada musical. E se piadas musicais são possíveis, como será que elas funcionam?

Uma pista pode vir do que já foi chamado por um musicólogo como funções primárias e secundárias da música. Peço perdão pelo uso de termos pomposos, mas veremos que a idéia é muito simples: trata-se simplesmente de tirar uma música do seu contexto original. É uma maneira comum de obter um resultado engraçado, mas obviamente a piada funciona melhor quando a platéia compreende a sobreposição de significados, ou em outras palavras, percebe a diferença entre o contexto original e o novo. A platéia simplesmente deve conhecer qual foi a função primária para captar a intenção cômica da utilização secundária (é fácil generalizar esse conceito e perceber que ele também atua na expressão de uma ironia ou do sarcasmo).

É o caso do recente “Monstros versus Alienígenas”, do estúdio Dreamworks, em sua utilização das célebres 5 notas criadas por John Williams para “Contatos imediatos do terceiro grau”, dirigido por Steven Spielberg. Pule o parágrafo abaixo se você não gosta de spoilers.

É um dos pontos altos do filme, pelo menos em termos de comicidade. Alienígenas estão invadindo a Terra. Um artefato gigantesco pousa em uma região erma dos Estados Unidos. O presidente do país, uma mistura de Ronaldo Esper com George Bush resolve tomar a dianteira da situação, e, operando um teclado Yamaha DX7, tenta comunicar-se com os visitantes através da música. Ele escolhe a melodia de “Contatos”, com resultado pífio. O silêncio da nave visitante prenuncia o pior. O presidente, sentindo que precisa levar sua performance a níveis mais ambiciosos, lembra-se de outro tema musical do cinema e, em meio a uma engraçadíssima performance de dança, toca o tema de “Tira da pesada” no teclado. Aí é que os aliens ficam descontrolados de verdade, e o ataque começa.
Este é um bom exemplo de piada musical que só funciona se conhecermos a função primária da música. Muitos dos que assistiram os três filmes sabem que as duas melodias tinham caráter completamente diferente em suas utilizações iniciais: misterioso, quase místico em “Contatos” e urbano e descolado em “Tira”.

Sabe-se que Carl Stalling, o compositor dos Looney Tunes da Warner fazia piadas através do uso intenso de canções populares dos anos 40, até porque a própria Warner era detentora de direitos de publicação de centenas de canções da época. Esse repertório dificilmente está presente na memória do espectador brasileiro da atualidade, e o resultado é que muitas das intenções cômicas de Stalling provavelmente se perdem. Certamente o mesmo vai acontecer com o espectador de “MvA” de 2069.

Mas há outro tipo de humor musical, e se você assistir o vídeo do YouTube recomendado acima, vai entender do que estou falando. Ali também há referências (a cada intervenção do monstrinho), mas você pode não reconhecer nenhuma delas e ainda assim dar risada com o vídeo. Nesse caso, somos tentados a afirmar que há algo intrinsecamente engraçado à música. Ao menos, deve haver algo puramente musical que colabora com um roteiro e personagens que por si sós já são muito engraçados. Para tentar explicar o humor de “Mahna mahna” talvez precisemos procurar uma compreensão mais universal da música, que conta não com o nosso conhecimento prévio desta ou daquela melodia, mas com o funcionamento próprio do tempo musical, suas típicas inflexões, desenvolvimentos e resoluções. Nesse ponto abrem-se questões muito complexas da significação musical, que eu deixo, por enquanto, para eruditos do assunto.

GUILHERME MAXIMIANO
, músico, consultor em gestão, é professor do curso de produção musical da Anhembi Morumbi. Administrador pela FEA (USP), especialista em música pelo IMT (SP), é mestre em música pela ECA (USP). Desde 1998 realiza programas de treinamento em empresas, e desde 2001 desenvolve trilhas sonoras para peças de teatro e propaganda. Ministra ainda oficinas de música para atores, educadores e estudantes.